16/01/2009

Poetas

Este poema é de um amigo querido, o tanto
quanto se pode querer a um amigo.
 
As gavetas tão vazias
tanto espaço....
Ainda guardam formas, desenhos, sombras.
Abrir e fechá-las,
hábito.
Os espaços se misturam, redesenham o silêncio.
Ah ...a sensação de gavetas vazias,
sem saber onde e como rearrumar o que ficou.
Tanto tempo enchendo-as,
tantas matizes, tantos sentimentos.
Como rearrumar sentimentos...existe índice?

Existe ordem?
Mas há o espaço novo, há tempo, o medo.
As mãos precisam ser intrumentos precisos
A alma, exata.
Reorganizar de forma metódica e desorganizada
exatamente como somos.
Poder abrir e fechar com leveza, suavidade
e nunca mais....trancar a chave.
E sempre lembrar, são apenas gavetas.(AM)

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