31/01/2009

ah... como é bom...


A coisa mais bonita de que já me chamaram:

"...meu porto de barquinho de papel"

te amo, amigo!

Hospedando poemas amigos...

Você fica desviando
De tantos pensamentos
Às vezes neles derrapa,
noutras cruza com eles
em algum sinal, numa curva.
Mas segue em frente,
ou vira, mas não encurva,
não quebra.
Deixa rolar o taxímetro.
Um dia a gente
se encontra, quem sabe.
Por ora,
ficar meio quieto
não decidir
não questionar
não sentir
não se revelar
apenas existir
sem se rebelar.(AM)

26/01/2009

Sem medo

Pega minha mão.

Isso, vem comigo.

Vamos sem rumo,

Voltear entre flores

sem pudor algum.

Abre os braços

Deixa eu brincar

No seu abrigo

Perder o senso,

ficar sem prumo.

Vem junto percorrer

Do arco-iris as cores

Uma a uma...sem pressa.

(26/01/09)

16/01/2009

Poetas

Este poema é de um amigo querido, o tanto
quanto se pode querer a um amigo.
 
As gavetas tão vazias
tanto espaço....
Ainda guardam formas, desenhos, sombras.
Abrir e fechá-las,
hábito.
Os espaços se misturam, redesenham o silêncio.
Ah ...a sensação de gavetas vazias,
sem saber onde e como rearrumar o que ficou.
Tanto tempo enchendo-as,
tantas matizes, tantos sentimentos.
Como rearrumar sentimentos...existe índice?

Existe ordem?
Mas há o espaço novo, há tempo, o medo.
As mãos precisam ser intrumentos precisos
A alma, exata.
Reorganizar de forma metódica e desorganizada
exatamente como somos.
Poder abrir e fechar com leveza, suavidade
e nunca mais....trancar a chave.
E sempre lembrar, são apenas gavetas.(AM)