queima, lamparina, queima
qu'eu vou ficar na soleira
co'os óio posto no céu,
contando nas estrelas
o tempo dele vortá.
queima, lamparina, queima.
alumia a porteira
que a noite tá sem lua
e tá cheio de perigo
nos caminhos desse chão.
queima, lamparina, queima,
qu'eu me fiz faceira
de laço e chinela
pra ficá adivinhando
o riso dele na janela,
queima, lamparina, queima,
pra meu coração requentá,
o rio tá acordando,
os passarinhos cantando,
e nada dele chegá.(1982)
30/09/2017
21/09/2017
18/09/2017
carência
Acordei carente
de poesia.
Abri janelas
clamei
por alforria.
Quero seguir
sem corrente
enroscada na canela.
de poesia.
Abri janelas
clamei
por alforria.
Quero seguir
sem corrente
enroscada na canela.
Assinar:
Postagens (Atom)