Bem lá no começo
da minha rua
a poesia se escondia
nas florinhas roxas
desmaiadas no asfalto.
A cada passo
brincava comigo
ora pique, ora esconde,
até amarelinha
para chegar ao céu.
Em alguma esquina
se perdia
para voltar ligeira
e chorar de amor
dizer que era minha.
Bem lá do final
da minha rua
a poesia ainda acena
e mostra no arco-íris
um buquê de versos.