nem difícil.
É criar um riso novo,
estar cheio de graça,
viver as teclas da máquina,
dormir no meio da praça.
A coisa não é fácil,
nem difícil.
É ter um violão na sala,
plantar avencas no quintal,
deixar o coração pendurado,
estender roupas no varal.
A coisa não é fácil,
nem difícil.
É assim, é assado,
cheio de temperanças,
pulsações, esperanças,
plurais fora do lugar.
(1981, para o show Coração de Varal)