Não me emendo
nem remendo
mas acendo
ascendo
sendo.
27/04/2014
26/04/2014
Passarinho cantador
Um passarinho
solitário cantador
me sopra o caminho
de enredar ninho
sem par, sem fio, sem dor
Um passarinho
voo baixo, bico em riste
me mostra que alpiste
se faz no caminho
onde dança e beija a flor
Um passarinho
de asa quebrada
na garganta afinada
guarda o canto pouco triste
no sol, com dó, em lá maior.
(parceria com Gadelha Neto)
solitário cantador
me sopra o caminho
de enredar ninho
sem par, sem fio, sem dor
Um passarinho
voo baixo, bico em riste
me mostra que alpiste
se faz no caminho
onde dança e beija a flor
Um passarinho
de asa quebrada
na garganta afinada
guarda o canto pouco triste
no sol, com dó, em lá maior.
(parceria com Gadelha Neto)
24/04/2014
De cheiros
19/04/2014
Tal e qual
Bruto
amor agonizante
Leve
roçar lábio na pálpebra
Ardido
abandonar consentido
Agridoce
arrepiar da nuca
Calor
coçar as costas
Frio
podar as rosas
Brilho
olhar d’água
Sombra
fechar de janelas
Ruído
esquecer o dizer
Música
percorrer madrugadas.
amor agonizante
Leve
roçar lábio na pálpebra
Ardido
abandonar consentido
Agridoce
arrepiar da nuca
Calor
coçar as costas
Frio
podar as rosas
Brilho
olhar d’água
Sombra
fechar de janelas
Ruído
esquecer o dizer
Música
percorrer madrugadas.
16/04/2014
Árvore
Transplantada sem tato
acomodo meu tronco
deitado pelo vento
Seu descanso.
Meus galhos retorcem
luz e sombra
maná de quereres.
Tenra sob casca grossa
dum talho rasgado
(de novo sem cuidado)
jorram as águas
Não se emendam.
verdejam por caminhos
bem longe do mar.
acomodo meu tronco
deitado pelo vento
Seu descanso.
Meus galhos retorcem
luz e sombra
maná de quereres.
Tenra sob casca grossa
dum talho rasgado
(de novo sem cuidado)
jorram as águas
Não se emendam.
verdejam por caminhos
bem longe do mar.
14/04/2014
Fragmentos
O rasgo de vento faz passar
por sob a porta fragmentos
conversas ao pé do nosso fogo
clareira em folhas dispersas
pasto de fruta madura
suculenta, gulosa
rosa no carreiro de formigas
diligentes, indiferente.
Faíscas perdidas no ar
Ah tanto cuidado
para não inflamar a manhã
deixar o buquê desfolhar insônias.
por sob a porta fragmentos
conversas ao pé do nosso fogo
clareira em folhas dispersas
pasto de fruta madura
suculenta, gulosa
rosa no carreiro de formigas
diligentes, indiferente.
Faíscas perdidas no ar
Ah tanto cuidado
para não inflamar a manhã
deixar o buquê desfolhar insônias.
12/04/2014
oceano
Meus olhos
não são
represa
mas
anexo do mar
espelho
verde
sombrio
às
vezes
esquecem
de verdejar
embalam
amores
angústias
do não saber
Sol e
lua fazem lampejo
marolas
da cor do vidro
atiçam
chamam
pra balançar.
... de Platão
Amor sem pele
Desenhar na nuvem
Caminhar sonâmbulo
Alugar um quarto
do castelo mais alto.
Denúncia vazia. (bf)
Desenhar na nuvem
Caminhar sonâmbulo
Alugar um quarto
do castelo mais alto.
Denúncia vazia. (bf)
09/04/2014
Gaiola
-Tá
doendo, mãe
- Um
beijinho e passa
-
Prenderam o beija-flor, mãe
- Já tá
sarando!
- É
mãe, mas coça tanto,
tanto
tanto, que até dói...
08/04/2014
Rearrumação
Eva prendeu os cabelos
enrolou a saia nas pernas
e começou a varrer
aspirar lembranças
jogar os lençóis
na máquina de lavar cheiros
pendurou sonhos no varal.
07/04/2014
Rimas de vidro
Cerrei
as cortinas
desatino
às
janelas
tantas
em
que pendias
Verdes
meus
olhos borram
rimas
de vidro.
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