05/05/2021

Trancada

Trancada, esquisita,
essa minha escrita
que entra pela janela
pródiga de vida
encolhida. 


Recolhe, ainda aflita,
voos de liberdade,
alegria de passarinho,
um aceno do vizinho.


Vigia sempre, contrita,
desenhos nas nuvens,
a chuva inclemente,
o penar do poente. 


Trancada, esquisita,
essa minha escrita,
que esparrela,
encontra a mulher
e se lambuza dela
.