Vou embalar
na ressaca
de noite mal dormida
no perfume
da cachaça curtida
na rede
da morte bem vinda.
29/10/2015
Furtivos
A palavra que não diz
dá voltas à cabeça
procurando não morrer
Escapa pelos olhos
esconde-se nas mãos
em carinho furtivo
Quando transpira
derrama em alívio.
A palavra que não diz
Vai, volta, até se perder
dá voltas à cabeça
procurando não morrer
Escapa pelos olhos
esconde-se nas mãos
em carinho furtivo
Quando transpira
derrama em alívio.
A palavra que não diz
Vai, volta, até se perder
16/10/2015
12/10/2015
27/08/2015
luar
Acho que está lá fora.
percebo uma sombra
no vão da porta, ou
é a sede da imaginação.
Vou abrir uma fresta
mas tremo, se ele entra
invade e me naufraga
em prata?
A pele coça
eriça os pelos.
Ainda não sei
o que faço do bem,
guardado tesouro.
percebo uma sombra
no vão da porta, ou
é a sede da imaginação.
Vou abrir uma fresta
mas tremo, se ele entra
invade e me naufraga
em prata?
A pele coça
eriça os pelos.
Ainda não sei
o que faço do bem,
guardado tesouro.
08/08/2015
Cia. ltda.
O bar lotado
Ao longe um violão
e a barata intrépida
atravesssa mesas.
Nem ela
me viu sorrir.
Ao longe um violão
e a barata intrépida
atravesssa mesas.
Nem ela
me viu sorrir.
31/07/2015
29/07/2015
26/07/2015
Cansaço
será o frio
lá fora
aqui dentro
que traz
a vontade
de abraço
daqueles
que se vê
na rua
no cinema
na tevê
na hora de
ir embora?
lá fora
aqui dentro
que traz
a vontade
de abraço
daqueles
que se vê
na rua
no cinema
na tevê
na hora de
ir embora?
20/07/2015
17/07/2015
janelas
A janela arrepia
meu sono,
traz o canto
das maritacas
e o amor matinal
do andar de cima.
A janela avisa
minha sina,
leva o sono
da madrugada
e o calor animal
da solidão menina.
meu sono,
traz o canto
das maritacas
e o amor matinal
do andar de cima.
A janela avisa
minha sina,
leva o sono
da madrugada
e o calor animal
da solidão menina.
14/07/2015
Adeus
Sabe a camisa amarela?
Aquela dorme abraçada
no fundo do armário.
Sabe a lingerie cor de rosa?
Repousa, pobre esquecida
na gaveta do uso diário.
Sabe as noites molhadas?
Afogadas, vez por outra
riem do obtuário.
Envio portador de confiança:
entregue sem alarde
para abafar xeretança.
05/07/2015
27/04/2015
09/02/2015
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