18/08/2010

Salve, poetinha

“A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. “Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.” (Vinícius de Moraes)



03/05/2010

Um lembrete

"Quando a gente começa - isso é um caso pessoal, não dá pra generalizar - faz música um pouco pra arranjar mulher. Hoje em dia, você inventa um amor para fazer música. Se não tiver paixão, você inventa uma, para a partir daí ficar eufórico, ou sofrer." (Chico Buarque)


.... o mesmo vale para a poesia... não?

15/01/2010

Luto

Poucas vezes, até por vício profissional, fiquei tão triste com uma notícia.

A morte de Zilda Arns, em plena função humanitária, trabalhando pelas

crianças miseráveis de um Haiti também miserável, causou em mim uma
tristeza profunda. Daquelas quando se perde um ente querido e muito
próximo.

Talvez pela figura da mulher septuagenária, muito distante da vozinha

tricoteira, mas curiosamente familiar. Ou, quem sabe, por seu uma figura
que faz ter fé na Humanidade.

Só sei que o Brasil - tão castigado por figuras que não apenas são

dispensáveis, mas execráveis - fica muito mais pobre.

Quebrei a regra do jornalismo, chorei!